Jamelão Netto, cantor, ator, compositor e mangueirense é neto de uma das vozes mais incríveis da música brasileira, o Mestre Jamelão de quem herdou esse brilho no cantar e o timbre fenomenal dos cantores Pretos do início do século.
Nascido em Vila Isabel, Jamelão Netto cresceu embalado por muitos Sambas Canções, Choros, MPB, Soul Music (influência da mãe, cantora de jazz) e é claro, os Sambas de Partido Alto e de Enredo nas reuniões musicais que sua avó, Dona Didi, promovia em sua casa com grandes nomes da música popular brasileira. Em um lar genuinamente matriarcal e musical, sempre contou com a proteção do avô, que foi sua referência paterna, enquanto ia sendo preparado para dar continuidade ao legado familiar.
Jamelão Netto, que na infância tinha o sonho de se tornar jogador de futebol e foi afastado da bola por uma lesão, encontrou no mundo do samba suas origens, sua identidade e sua paixão! Mas a prática de esportes, em especial o Jiu –jítsu, sempre esteve presente na sua vida e teve papel importantíssimo na sua formação, ajudando a organizar e equilibrar sua saúde mental enquanto buscava a sua identidade se reinventado e criando outros subterfúgios para se compor diante de tamanha escassez e, de uma sociedade opressora.
Também conhecido como Jamelinha, uma referênia ao nome artístico do avô, Mestre Jamelão, Jamelão Netto se transformou de um menino sonhador a um pré-adolescente cheio de personalidade que flertou com todas as artes possíveis e imaginárias para compor sua história de “Artista Preto Contemporâneo”, que tem no samba a sua raíz, mas que também bebeu da fonte de outros gêneros da Wold Music.
Artista multifacetado fez uma dupla estreia em 2009, como Segundo Cantor da Mangueira na Marques de Sapucaí e como ator no grupo de teatro “Tá Na Rua”, do genial Amir Haddad, onde permaneceu até 2011. Logo em seguida mergulhou de cabeça no processo da dramaturgia fazendo por um ano laboratório teatral com a grande Camila Amado, se preparando para estrear no cinema, na pele de Alfredo Viana, Maestro Pixinguinha, a convite da diretora Denise Saraceni, no projeto que seria lançado no ano do centenário de Pixinguinha, 2013, mas que acabou não acontecendo e lançado com novo elenco em 2021.
Dentro desta pluralidade, Jamelão já participou de projetos com grandes nomes da música brasileira como: Alcione, Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Dona Ivone Lara, Elza Soares, Fafá de Belém, Jorge Aragão, Luís Melodia, Jorge Aragão, Mariene de Castro, Marthnalia, Neguinho da Beija Flor, Serjão Loroza, Seu Jorge, Otto, entre outros.
Com mais de 10 anos de carreira, Jamelão Netto que já flertou com vários gêneros da música brasileira e mundial em suas apresentações, hoje, sem muito alarde, volta às origens. Pensador além do seu tempo, Jamelão, a partir do seu legado passou a difundir ainda mais a história do samba, desconstruindo estereótipos e trazendo o ritmo popular para os salões luxuosos do País, passando pelas colunas sociais até chegar aos Red Carpets de todo Brasil e do mundo, com muita simpatia, carisma, classe e elegância.
Inquieto e visionário, Jamelão desenhou e colocou na estrada três shows com formatos distintos para agradar a todos os gostos. “O Baile do Jamelão”, o mais eclético dos três shows, onde ele mistura tudo e mais um pouco da música que gosta de ouvir e cantar, é um show bem dançante e promete não deixar ninguém sentado; “O Legado do Samba”, para os amantes dos grandes sambas de compositores da Mangueira, Jamelão canta músicas compostas por seus avós e que se tornaram sucesso nas vozes de muita gente famosa como: Alcione, Arlindo Cruz, Bethânia, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Elza Soares, Luiz Melodia, Mariza Monte, Teresa Cristina, Toquinho, Zeca Pagodinho; E o tercerio show e mais novo projeto, que ele estreou em plena pandemia, em um formato “Live Cinema” chamado “Sambas Futuristas” é uma produção inteira feita remotamente, gravado em São Paulo. Como o prório nome já diz, o projeto contou com muita tecnologia misturada a ancestralidade, desconstruindo alguns esteriótipos de que o Homem Preto do Samba não pode testar e passear por outros gêneros.
Para 2023, Jamelão Netto prepara uma série de projetos com a marca “Mestre Jamelão 100 anos”, gerido por ele e sua equipe no Rio e em São Paulo. Um dos seus principais pilares será o “Museu Virtual” que servirá de base de pesquisa e irá recuperar todo acervo pessoal do seu avô e, a partir deste diagnóstico teremos um pipeline de outros projetos como a primeira biografia do Mestre Jamelão, onde ele assina como co-autor; A exposição itinerante pelas principais capitais do país com todos os objetos, letras, partituras e matérias de jornais; A biografia foto que tem um acervo riquíssimo; O musical sobre a vida do Mestre e um Projeto audiovisual.
O projeto do Documentário “O Mestre”, já está em fase de captação e tem o amigo Paulo Lins, autor de “Cidade de Deus” escrevendo o argumento. Outros grandes nomes também farão parte do projeto.
Esse é Jamelão Netto, o menino do subúrbio carioca que venceu e ascendeu por caminhos plurais se reinventando sempre pra poder contar a sua história de Artista Preto no Brasil!
Jamelão Netto - foto e beleza Beauty Aramis & Freitas
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Jamelão Netto - foto e beleza Beauty Aramis & Freitas
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Jamelão Netto - foto e beleza Beauty Aramis & Freitas
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Entrevista BEAUTÉ
REVISTA BEAUTÉ: O que foi para você ser preparado num lar genuinamente matriarcal e musical, tendo ainda a proteção e referência paterna de seu avô Jamelão?
JAMELÃO NETO: Vim de um lar de mulheres muito fortes e muito importantes na minha educação, afetividade, na minha formação e ter em contrapartida meu avô como uma referência paterna, de proteção, dentro dessa casa foi bastante importante. Cresci numa casa respirando música por todos os lados, embalado por muitos sambas canções, choros, MPB, soul music (influência da minha mãe, cantora de jazz) e é claro, pelos sambas de partido alto e de enredo nas reuniões musicais que minha avó, Dona Didi promovia lá em casa e era frequentada pelos grandes nomes da música popular brasileira.
REVISTA BEAUTÉ: Dar continuidade a este legado todo te emociona?
JAMELÃO NETO: Muito! É perpetuar o orgulho que tenho das minhas raízes. Não é só contar a história do meu avô que por si só é maravilhosa, mas é contar a história de um dos maiores nomes da música no Brasil. Meu avô Lão era muito mais que um intérprete dos sambas. Esse homem teve uma importância para a música brasileira que poucos conhecem. Se ele fosse um negro americano, estaria no patamar de Nat King Cole, Louis Armstrong. Se fosse branco e gringo, seria igual Sinatra.
REVISTA BEAUTÉ: Conta pra nós, o que é ser um artista multifacetado?
JAMELÃO NETTO: Não sei te dizer se é bom ou ruim, mas eu só sei ser, assim. Olha, até rimou, rsrsrsr . As coisas sempre aconteceram juntas e misturadas na minha vida. Sou inquieto, me identifico com várias coisas ao mesmo tempo. Criar, compor, cantar, produzir, atuar,empreender, tudo isso corre no meu sangue e tenho o mesmo prazer fazendo qualquer uma dessas atividades. Pra vc ter uma ideia, eu tenho três shows diferentes que rolam ao mesmo tempo: “O Baile do Jamelão”, o mais eclético dos três shows, em que misturo tudo e mais um pouco da música que gosto de ouvir e cantar, é um show bem dançante e prometo não deixar ninguém sentado; “O Legado do Samba”, para os amantes dos grandes sambas de compositores da Mangueira, em que canto músicas compostas por meus avós e que se tornaram sucesso nas vozes de muita gente famosa como Alcione, Arlindo Cruz, Bethânia, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Elza Soares, Luiz Melodia, Mariza Monte, Teresa Cristina, Toquinho e Zeca Pagodinho; o terceiro show e mais novo projeto com estreia em plena pandemia em um formato “Live Cinema”, chamado “Sambas Futuristas”, uma produção feita remotamente, gravada em São Paulo. Como o próprio nome diz, o projeto contou com muita tecnologia e ancestralidade, desconstruindo alguns estereótipos de que o homem preto do samba não pode testar e passear por outros gêneros.
REVISTA BEAUTÉ: Sua vivência com inúmeros cantores e compositores da música brasileira, algum deles que te inspira na música?
JAMELÃO NETTO: Eu transito entre os vários estilos de música e tem muita gente que me influencia. Meu avô é minha maior influência, o meu legado, minha musicalidade eu devo a ele. Mas é difícil citar só alguns nomes e não quero incorrer na indelicadeza de esquecer alguém que com certeza é muito importante pra mim. Vamos dizer que bebo de diversas fontes!
REVISTA BEAUTÉ: O que é o mundo da beleza para você e como você se vê ao redor de tudo isso?
JAMELÃO NETO: Acho engraçado quando me colocam nesse lugar, mas com certeza a palavra beleza é muito maior do que o aspecto físico de uma pessoa. Acho que além da beleza explícita que também é subjetiva e depende dos olhos de quem vê, existem belezas maiores e mais significativas, como a beleza do olhar, do sorrir, a beleza que vem da alma!!!
REVISTA BEAUTÉ: Ser Capa de uma Revista de Beleza?
JAMELÃO NETO: Achei ótimo! Falo muito sobre questões raciais, de ancestralidade, representatividade, de preservação e divulgação do legado que nos foi deixado e de repente me convidam pra fazer uma capa de revista de beleza. Pensei, isso também é representatividade e aqui estou eu colocando a minha cara e minhas ideias nas páginas da Beauté. Representando muita gente que trago comigo desde sempre, no coração, nas lembranças e nas lutas diárias de um homem preto no Brasil
REVISTA BEAUTÉ: Uma frase de superação que você leva pra vida?
JAMELÃO NETO: Meu avô sempre dizia e eu trago comigo: “Se não for pra entregar algo bem feito, não faça.”
Jamelão Netto - foto e beleza Beauty Aramis & Freitas
CRÉDITOS _______
Capa - Jamelão Netto
Fotos & Beleza - Beauty Aramis & Freitas
Assessoria - CW Marketing digital
Assessoria de imprensa - Alessandra Dayrell
Assessoria - Miriam Romero
Jamelão Netto veste - Osklen
Agradecimentos especiais à loja Osklen
Ipanema - Rj
©2021 por BEAUTÉ Aramis & Freitas.
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